segunda-feira, 11 de maio de 2009

Algumas Especificidades da Internet


A Web 2.0 e 1.0

A Internet banda larga surgiu para facilitar a vida dos jornalistas, e com esse tipo de conexão em alta velocidade surgiu o termo Web 2.0. Uma definição para as páginas ou sites que têm como características principais: a participação, a interação entre usuários e os responsáveis pelos conteúdos dos sites.
O termo “Web 2.0” refere-se às páginas web cuja importância deve-se principalmente à participação dos usuários. Frequentemente, esse conceito é comparado e colocado em oposição à expressão “Web 1.0”. Este termo foi criado retroativamente para descrever as limitações que caracterizaram o desenvolvimento inicial da rede. Com base no conceito de páginas Web, em programas que não respeitavam a privacidade, e a exigência de cadastramento prévio para acesso ao conteúdo da página.
Nem tudo na velha Web era ruim, é claro. Empresas tradicionais de comunicação e corporações desenvolveram sólidas, mas pouco criativas páginas na Web, que passaram despercebidas dentro do chamado boom das empresas ponto com. Essas empresas testaram novas formas de atingir audiências e clientes. E muitas das soluções usadas sobrevivem até hoje, como as newsletters via correio eletrônico e a customização do atendimento online, desenvolvida pela livraria virtual Amazon. Essas tentativas de inovação criaram as bases para uma segunda leva de experiências, mais abertas e mais voltadas para o fortalecimento do poder do usuário.
“A mudança começa pelas pontas. Lá onde as pessoas – nossos leitores e usuários – experimentam novas práticas. Lá também onde uma cultura emergente está se formando, uma cultura através da qual as pessoas olham para a mídia a partir de uma outra perspectiva”, escreveu o blogueiro Francis Pisani na edição de dezembro de 2006 do Relatório Nieman. “Assim, o novo pensamento jornalístico tem de começar pela periferia, onde a mudança acontece mais rapidamente entre os usuários da nova geração do que entre a geração mais madura. Os leitores potenciais de amanhã estão usando a Web de uma forma que dificilmente poderíamos imaginar e, se quisermos continuar tendo alguma influência sobre eles, precisamos aprender como interagir com eles. Apesar disso, as empresas jornalísticas têm sido muito lentas quando se trata de cobrir aquilo que está fora do que foi até hoje seu centro de interesse”.

A Web 2.0 tem tudo a ver com abertura, organização e comunidade

Tem tudo a ver com abertura – com software do tipo código aberto, que permite aos usuários maior controle e flexibilidade de sua experiência na Web, bem como uma maior criatividade online. Os editores da Web estão criando plataformas ao invés de conteúdo. Os usuários estão criando conteúdo. Esse é o movimento que levou a revista Time a declarar “Você”, como sendo a personalidade do ano. “Em 2006, a Web mundial tornou-se um instrumento que reúne pequenas contribuições de milhões de pessoas e as torna importantes”, explicou a Time.
Os jornalistas conhecem a Wikipédia. Muitos já acessaram o MySpace, embora possam não gostar dele. Também já devem ter visto algo muito engraçado no You Tube, mesmo que tenha sido uma peça do Stephen Colbert. E o eBay já está atualmente ultrapassado. Esses sites, melhor do que muitos, ilustram o poder da Web 2.0, especialmente para usuários comuns da Web. Eles estão sendo impulsionados por um ou por ambos os princípios desta nova era da Internet:
· Web sites que não são mais depósitos isolados de informação com canais de comunicação de uma só via, mas que, ao invés disso, são fontes de conteúdo e funcionalidade, tornando-se assim plataformas de computação para oferecer aplicativos da Web aos usuários finais. Veja o MySpace. Ele faz sucesso onde o Geocities fracassou, porque é fácil para os usuários enviar áudio e fotos, manter um blog e dar aos visitantes a liberdade de publicar comentários, tornando assim a comunicação mais intensa. O antes popular Geocities, enquanto isso, permitia aos usuários a criação de home pages estáticas em seu conteúdo, sem interatividade ou funcionalidade adicional.
· Um enfoque da criação e distribuição de conteúdos na Web caracterizada pela comunicação aberta, controle descentralizado, liberdade para compartilhar e recombinar conteúdos, bem como o desenvolvimento da idéia de “mercado como uma conversa”. No modelo 1.0, um editor colocava o conteúdo num site da Web para que muitos outros lessem, mas a comunicação terminava aí. O modelo 2.0 não apenas permite que “muitos outros” comentem e colaborem com o conteúdo publicado, como também permite que os usuários coloquem, eles mesmos, material original.
Ao desenvolver softwares que usam insumos da comunidade e interação com os usuários, sites como Wikipédia, MySpace, You Tube e Flickr criaram sofisticados armazéns para estocagem de conteúdos produzidos por outros, sem criar qualquer conteúdo próprio. Ainda há criação, é claro, mas um modelo revolucionário de criação se comparado com os métodos tradicionais, predominantes entre a maioria das pessoas com mais de 30 anos.
Enquanto isto, o Google mudou as estratégias de publicidade sem nunca ter contratado um vendedor e forneceu a maior parte dos argumentos que alimentaram o crescimento dos negócios na Web 2.0.
Portanto, não se assuste quando ouvir o termo que já é propagado por alguns cientistas ou estudiosos como Web 3.0. Sim, é um novo termo que ainda está sendo analisado. Mas, que já é usado por algumas pessoas na internet para denominar uma terceira revolução ou evolução na rede mundial. Se esse termo é apropriado, não sabemos por enquanto, o certo é que muito em breve vamos ter essa resposta porque a transformação dentro da internet não para de acontecer.

Um comentário:

  1. Oi Jerônimo,
    Muito bom o desenvolvimento do teu texto. Duas sugestões:
    1) Quando inserires imagens (foto, desenho ou ilustração) em teus blogs, salvo se o material for muito importante, normalmente ele vai do lado direito da página, na Web. É que na rede, os leitores dão mais importância a tudo o que está do lado esquerdo, seguindo um padrão que ficou conhecido como padrão F. Maior atenção na parte superior, caindo a medida que a leitura avança . O leitor já não vai até o final da frase. Na Web, segundo pesquisas feitas pelo projeto Eyetrack, do Instituto POynter (EUA) os usuarios dão mais importancia ao texto que às fotos, caso estas ultimas não seja extremamente atraentes.
    2) Procure intercalar os parágrafos com espaços duplos. É para evitar um visual muito compacto do texto, o que transmite a sensação de pelo e densidade que pode desestimular a leitura por visitantes ocasionais.
    Espero pelos teus próximos exercícios.
    Um abraço
    Castilho

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